sábado, julho 28, 2007

Infinito Particular

Eis o melhor e o pior de mim
O meu termômetro o meu quilate
Vem, cara, me retrate
Não é impossível
Eu não sou difícil de ler
Faça sua parte
Eu sou daqui eu não sou de Marte
Vem, cara, me repara
Não vê, tá na cara, sou portabandeira de mim
Só não se perca ao entrar
No meu infinito particular
Em alguns instantes
Sou pequenina e também gigante
Vem, cara, se declara
O mundo é portátil
Pra quem não tem nada a esconder
Olha minha cara
É só mistério, não tem segredo
Vem cá, não tenha medo
A água é potável
Daqui você pode beber
Só não se perca ao entrar
No meu infinito particular

(Arnaldo Antunes, Marisa Monte, Carlinhos Brown)

sexta-feira, julho 20, 2007

Dramática

I will survive

segunda-feira, julho 02, 2007

amor com data de validade

Fez que fez naquela primeira semana; passeamos pra lá e pra cá, por todos os cantos. Tudo de mãos dadas o tempo todo. Me fez carinho, me deu docinho... a gente viu até filminho junto. E eu fiz também (sempre sorri de volta e pisquei, afaguei, abracei). Eu sorria também quando ele não tava aqui pra ver. Passou tempo e depois de insitentes "nãos", não teve mais jeito: eu queria - eu já amava! Me peguei até pensando umas duas vezes em morar junto. Numa, porque ele saberia consertar o chuveiro queimado sem tomar choque; noutra porque ele sabia direitinho como temperar uma salada. Tinha tudo o que me faltava, que mais eu podia querer? Pensei convicta que eu já fosse capaz de amar, mesmo. Nem foi tanto nele que eu pensei. E quando no trabalho eu sentia aquela independência toda, toda a capacidade de amar sem deixar de me querer bem, sem perder o orgulho; ele falou que não, que tava ocupado. Pode? Depois vieram os amigos, a gripe e até mesmo preguiça. Ah! foi pá pum, do alto do banquinho no box do meu banheiro ele caiu, direto pro ralo. Tão bobo, tão igual aos mesmos de sempre...