domingo, abril 30, 2006

Yerma - (Frederico Garcia Lorca)

"...você anda cada vez mais triste, mais seco, como se crescesse ao contrário..."

sábado, abril 22, 2006

porra de mulher indecifrável

Tão alegre e tão melancólica assim.
Logo, logo ele se manda.

segunda-feira, abril 17, 2006

(na voz de maria rita seria "não vale a pena")

Não importava que aí dentro fosse quase nada. Bastava sentir-me recém saída da sua boca e pronto, a levíssima embriaguez de andarmos juntos, em qualquer lugar que eu estivesse. Um pouco quase sua, e de fato um tanto era, transbordando sozinha, sem querer nome ou sogra, apenas mais vertigem. Nunca esperei entender, ou ser o que já éramos, sequer ouvir. Ao mesmo tempo, admirava-me a intimidade que não tínhamos pra trocar pedaços de alma, apesar de tantas outras intimidades. Quis, com a coragem de um sonâmbulo que simplesmente vai. Até crescer. E então desejei mais que exigir somente beleza e cor: era preciso pingar limão nas minhas profundezas...
Aí tudo se transformou em não. E em lugar do atropelo dos apaixonados, estava seu todo mistério, violentando meu desesperado desejo. Assustada por ser tão pouco o que parecia mundo, pedi que fosse o fim, mas você insistiu em reparar nas minhas unhas vermelhas. Continuei gargalhando alto, ainda que agora me faltasse entusiasmo.
E, passo a passo, você foi passado ao acaso, à impassibilidade que nunca tive, à gaveta das histórias pela metade.
De repente, não mais que de repente.

sexta-feira, abril 07, 2006

Guimarães Rosa - A Terceira Margem do Rio


"Cê vai, Ocê fique, Você nunca volte!"

quinta-feira, abril 06, 2006

Lirismo de terça (emprestado de antonia pellegrino)

Ensino aos meninos os nomes das flores,
Gérgera, astromélia, biquinho,
Os meninos são o jardim onde me deito
como um inseto,
Aranha, mariposa, borboleta.
Me integro,
como a gota da chuva à terra,
feito criança,
a brincar de cambalhota, de roda,
de amarelinha no chão do arco íris.