segunda-feira, dezembro 11, 2006

Confissão

Confesso que andei especulando sobre seus devaneios.
Involuntariamente expus-me em gargalhadas, para que você não percebesse que sou uma máquina de calcular esmagamentos. Talvez por isso eu inspire coragem, quando na verdade todas as minhas certezas nascem mal-criadas.
O silêncio tem o poder de me torturar.
É difícil, impossível não mentir pra mim mesma, tentando me convencer de que a minha existência não depende de extremos.
Sou tudo que vejo e me encanto, que canto, que corro de medo, tudo que morro de vontade de dizer e não faço.
Fazem meu tipo os calafrios, as alegrias e os personagens.
A verdade é que vivo apanhando dos fantasmas que criei. Mas um dia ainda toco no amor.

(Inspirada pelas Provocações de Thiago Cunha)