segunda-feira, junho 11, 2007

mais do mesmo ainda

Saiu sem avisar, sem levar nada. Deixou pra trás qualquer lembrança que fosse. Nem a escova de dente, nem o livro que ganhou de presente (deve ter desagradado). Nada. Nada que lembrasse os velhos tempos. Algum casaco pra proteger do frio, uma mala que fosse. Não, nenhum sinal de que não voltaria. Partiu como quem chega.

Mentalmente foi apagando o caminho da volta, o caminho que bem sabia até de olhos fechados. Foi como queria, como se nunca estivesse estado. Nem um telefonema -nunca foi disto, porque ligar justo agora? O que tinha para dizer que pudesse ser mais completo que o silêncio?

Na fila para o check in as mãos e o resto do corpo livres, livre também o que não pertencia ao corpo. Na mente planos, pensou para a frente, só. Era talvez o único a sorrir, o que lhe fazia valer o riso.